Quando procurar uma psicóloga?

Existem momentos na vida que um profissional pode nos ajudar a resolver uma situação ou orientar para que as pessoas fiquem bem consigo mesmas. Para estes momentos existe o psicólogo que poderá prestar essa ajuda através da psicoterapia. Neste blog darei exemplos de situações que você poderá procurá-lo.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ciúmes do irmãozinho!

A chegada de mais um membro na família pode deixar o irmãozinho mais velho inseguro, aguçando o ciúme. Antes, o mundo era só da criança maior, agora terá que ser dividido com um “novo intruso”, principalmente em relação à atenção dos pais.
A sensação de estar excluído é comum e esse sentimento pode causar uma contradição dentro da criança, que associa a chegada do bebê com a perda do posto de "rei da casa" e ao mesmo tempo deseja ser sua amiga.

A demonstração do ciúme pode variar de criança para criança. Algumas ficam desobedientes com choros e birras, outras se tornam agressivas com os pais ou com o irmãozinho mais novo. Tem também aqueles que regridem no comportamento, voltando a usar chupeta ou mamadeira e não controlando mais o xixi e cocô. Para completar a histeria, alguns “abandonados” voltam a falar infantilmente.


Essas são condutas que têm o único objetivo de chamar a atenção dos pais, tios e avós. É importante que os pais tenham paciência, pois o ciúme é uma reação emocional normal e tem que ser resolvido com muito diálogo e compreensão.

Mas o ciúme não é tão ruim como se pensa. A chegada do irmãozinho criará limites para o mais velho que aprenderá a viver em sociedade e desenvolverá de forma positiva seu relacionamento afetivo e social.


Para que o ciúme não se torne um sofrimento para a criança mais velha, a vinda do irmãozinho tem que ser esclarecida desde o começo da gravidez, dizendo que um nenê vai chegar e precisa de um espaço para dormir como ele, de roupas para não sentir frio, se alimentar no peito da mamãe como ele também fez e vai chorar muito, só podendo brincar depois que crescer, mas que poderá ajudar nos cuidados com o irmãozinho.


Alterações na rotina da criança maior, como ir para a escolinha ou mudança de quarto ou de quem cuidará dela, deverão ser feitas bem antes do nascimento ou depois da adaptação com o bebê. Assim as perdas não serão associadas com a chegada do irmãozinho.


Ao nascimento, não se descuide daquele que, até o momento, ocupava todos os espaços. Eleve a auto-estima da criança, potencialize suas qualidades e as vantagens de ser o mais velho. Atribuir-lhe responsabilidades sobre o irmão também ajuda na integração, já que se sente útil.

Assim que se sentir segura do amor dos pais, valorizada e integrada no novo ambiente familiar, o ciúme diminuirá e a aceitação do irmãozinho será natural. Os pais têm que demonstrar interesse pelas atitudes dos filhos. O diálogo é a melhor maneira de fazer a criança manifestar e entender as suas emoções, sentindo-se amada e respeitada tanto pelos pais quanto pelo irmãozinho.

Esperando o segundo filho.


Quando você e seu companheiro levaram seu primeiro filho do hospital para casa eram pais novatos, tendo muito o que aprender, adaptações a fazer e um desafio a enfrentar: o de criar apego pelo novo membro da família.


Quando vocês trouxerem o segundo filho para casa, vocês dois já serão verdadeiros mestres no que diz respeito à paternidade/maternidade; não serão vocês, mas sim o filho mais velho, que precisará aprender mais, fazer mais adaptações e esforçar-se para criar um apego pelo recém-nascido. Isso não será mais fácil para o seu primogênito do que foi para vocês; e, considerando sua idade e nível de maturidade, pode ser bem mais difícil.


A melhor sugestão de todas: fique tranqüila. As crianças vivem como vivem os adultos que as rodeiam. Se você estiver ansiosa com o modo como seu filho vai reagir ao fato de ter um irmãozinho, seu filho ficará ansioso também.


A preparação de um irmão é pelo menos tão complicada quanto a preparação dos pais. O primeiro passo, evidentemente é contar ao filho mais velho que a mãe está grávida. Sabemos que as crianças, desde muito cedo, começam a perceber que "algo" está acontecendo. Elas podem captar conversas sérias ou animadas entre os adultos , ver sua mãe sentindo-se mal ou tensa e preocupada, notar outras mudanças na casa - e pensam: "o que estão escondendo de mim?" - "o que vai acontecer? "


O fato de contar desde cedo a criança também dá a vocês bastante tempo para ajudá-la a se acostumar a idéia de ter um irmãozinho e trabalhar seus sentimentos. Talvez convenha esperar até que você receba os resultados dos exames, como ultra-som morfológico, ou amniocentese, ou até o fim do período de risco, se tiver uma história de abortos espontâneos - embora seu filho possa ficar mais chateado ainda se você estiver presa à cama e ele não souber por quê.


Acabado o mistério, há várias medidas que os pais podem tomar para tornar o bebê que está para chegar menos ameaçador para a criança que já mora na casa:

Faça todas as grandes mudanças que você planeja fazer na vida de seu primogênito no começo da gravidez, se não tiver tido oportunidade de realizá-las antes de engravidar: matriculá-la na escola - para que tenha um refúgio fora de casa quando o bebê chegar, e não sinta que está sendo expulsa de casa.


Ensine-o a usar o banheiro ou desmame-o da mamadeira agora, e não logo após o nascimento do bebê.


Acostume seu filho a passar um pouco menos de tempo sozinho com você - se você nunca o deixou com uma babá e vai precisar fazê-lo depois que o bebê chegar, comece a deixá-lo com a babá por curtos período durante o dia.


Se o papai até agora não esteve muito envolvido nos cuidados coma criança, comece a trazê-lo para as rotinas de alimentação, banho e hora de dormir, para que ele possa substituí-la habilidosamente quando você estiver no hospital ou ocupada com o novo bebê.


Dê início a atividades regulares de diversão entre o pai e o filho (café-da-manhã fora de casa no domingo, sábado à tarde no parquinho, uma história lida depois do jantar), rituais que podem continuar sendo desfrutados por bastante tempo depois que o bebê nascer.

Seja sincera e clara acerca das mudanças físicas pelas quais está passando. Explique que você está cansada ou nervosa porque "fazer um bebê é difícil", e não por estar doente ou cansada dele. Não use a gravidez como desculpa para não pegá-lo no colo. Se você precisar passar mais tempo deitada (a pedido médico) sugira que ele deite ao seu lado e tire uma soneca, ouça uma historinha veja TV com você.


Apresente seu filho ao bebê enquanto ele ainda estiver no útero. Mostre-lhe ilustrações próprias a sua idade, do desenvolvimento fetal mês a mês, explique-lhe que, a medida que for crescendo a barriga também crescerá, e que quando for suficientemente grande já estará prontinho para sair. Encoraje-o a sentir com as mãozinhas , o movimento do bebê, mas não o obrigue a isso, se não quiser.


Para que seu filho não se sinta um mero figurante no drama da gravidez, leve-o a uma ou duas consulta pré-natais e em especial ao ultra-som. Mas não esqueça de levar ao consultório um lanche, livro ou brinquedo predileto, para o caso de haver uma longa espera.

Envolva seu filho em quaisquer preparativos pelas quais ele parecer interessado: a escolha dos móveis, roupas e brinquedos - deixe-o até escolher sozinha uma ou duas coisas baratinhas mesmo que lhe pareçam estranhas. Deixe-o abrir os presentes que cheguem antes do bebê nascer.


Familiarize seu filho com os bebê em geral. Mostre-lhe fotos dele quando bebê, diga-lhe como era (não se esqueça de incluir algumas histórias que mostrem o quanto cresceu desde então). Se possível, leve-a a uma maternidade para olhar os recém-nascidos (ela descobrirá que não nascem tão "bonitinhos" quanto os bebê mais velhos). Explique que os bebês não fazem quase anda além de chorar, dormir e mamar, e que por algum tempo não conseguem ser bons companheiros de brincadeiras.


Evite dizer coisas como: "Não se preocupe, nós vamos continuar a gostar de você, mesmo com a chegada do novo bebê" - por mais bem intencionadas que seja, tais afirmações podem causar preocupações em seu filho, pode sentir-se incapaz de competir com o bebê.

Se você pretende dar o berço dele ao bebê, faça vários meses antes da data prevista para o nascimento. Se o mais velho ainda não tiver condições de dormir em uma cama, compre uma caminha provisória, aquela com grades nas laterais. Ajude-o com a decoração do quarto, e enfatize que está mudando de cama ou quarto porque está crescendo e não porque o bebê está a caminho.

Apresente ao seu filho os nomes que você está pensando em dar ao bebê, envolvendo-o nesse processo de escolha. Lembrando, é claro, que a escolha final é sua.

À medida que a data de parto estiver se aproximando (e só agora) prepare seu filho para o fato de você precisar passar algum tempo no hospital quando o bebê chegar. Faça-o ajudá-la a arrumar as malas e estimule-o a incluir alguma coisa dele para que você leve consigo. Certifique-se que a pessoa que ficará com ele está completamente familiarizada com sua rotina.


Este texto foi compilado dos seguintes sites:
http://guiadobebe.uol.com.br/bb2a3/ciumes_do_irmao.htm



Cirugia Bariátrica - Obesidade!

A obesidade é vista atualmente como um dos problemas de saúde pública mais preocupantes, devido ao seu crescente aumento e as graves conseqüências que pode acarretar.


Trata-se de um fenômeno multifatorial que envolve componentes genéticos, comportamentais, psicológicos, sociais, metabólicos e endócrinos.



Esse crescimento da obesidade, vem sendo relacionada à globalização, inventando o conceito de “globesidade”, ligando o consumo às necessidades materiais, regendo regras do vestir e do que comer, incitando a um consumo cada vez mais dispendioso.

Os períodos de angústia apresentam, para algumas pessoas, um aumento de peso que não se explica apenas pelo aumento de calorias, caracterizando uma obesidade de rápida instalação, dizendo-se uma pessoa “gorda de tristeza”.

A obesidade é compreendida como prejudicial à saúde, na sua perspectiva física e psíquica. É uma doença complexa, de causas multifatoriais, como nutricional, psicológica, fisiológica, social e médica, associadas à interação com uma possível predisposição. Entre os fatores ambientais, podem-se citar dietas hipercalóricas, nível de atividade física, o fumo e a ingestão de álcool.


  • A cirurugia bariátrica

As cirurgias antiobesidade podem ser didaticamente divididas em procedimentos que:

- 1) limitam a capacidade gástrica (as chamadas cirurgias restritivas);

- 2) interferem na digestão (os procedimentos mal-absortivos); e

- 3) uma combinação de ambos as técnicas. São consideradas uma opção efetiva para o controle da obesidade mórbida em longo prazo.


Indicações para a cirurgia bariátrica devem preencher alguns critérios, como IMC maior que 40 kg/m² ou IMC acima de 35 kg/m², associado com doenças com, no mínimo, cinco anos de evolução e que melhorem com a perda de peso, como diabetes melito e hipertensão arterial, doenças osteoarticulares (principalmente de membros inferiores), apnéia do sono, histórico de falha de tratamentos conservadores prévios e ausência de doenças endócrinas como causa da obesidade.


Quanto à possibilidade de contra-indicações psiquiátricas para a cirurgia bariátrica, não há consenso na literatura. Embora a presença de transtornos depressivos, afetivo bipolar ou psicótico costumem ser considerados como contra-indicações para a realização da cirurgia, não há dados ou fatores preditivos de bom ou mal prognóstico adequadamente estudados e/ou comprovados.


De forma geral, utiliza-se o bom senso de liberar o paciente com transtorno psiquiátrico já estabilizado ou pelo menos tendo iniciado o tratamento específico, considerando o risco da própria obesidade mórbida como principal indicador do ato cirúrgico. Cuidado especial deve ser dado a pacientes portadores de dependência de etílicos pela sua associação com má evolução pós-operatória e risco de morte.


No pré-operatório, o paciente precisa ser informado das mudanças significativas pelas quais ele atravessará. Um acompanhamento psicológico fornece condições para que o paciente perceba a amplitude do processo que passará e o ajuda a tomar decisões mais conscientes e de acordo com seu caso particular.


A cirurgia bariátrica deve ser contra-indicada em qualquer caso em que o paciente não esteja plenamente de acordo com a cirurgia ou não seja capaz de apreciar as mudanças que ocorrerão após a operação, quer por transtornos psiquiátricos ou por incapacidade cognitiva.



  • Aspectos psicológicos e psiquiátricos

Segundo o Consenso Latino-americano de Obesidade, a pessoa portadora de obesidade apresenta um sofrimento psicológico resultante do preconceito social com a obesidade e também com as características do seu comportamento alimentar.


Pessoas obesas apresentam maiores níveis de sintomas depressivos, ansiosos, alimentares e de transtornos de personalidade. Porém, a presença de psicopatologia não é necessária para o aparecimento da obesidade. A presença de psicopatologia é restrita a grupos específicos, tal como acontece em outras doenças crônicas. Assim, a obesidade poderia ser vista como causadora da psicopatologia e não como conseqüência desta última.


A cirurgia antiobesidade é um procedimento complexo e, assim como qualquer cirurgia de grande porte, apresenta risco de complicações. Portanto, o paciente precisa conhecer muito bem qual é o procedimento cirúrgico e quais os riscos e benefícios que advirão da cirurgia. Desta forma, além das orientações técnicas, o acompanhamento psicológico é aconselhável em todas as fases do processo.


O período imediatamente após a cirurgia é relatado pelos cirurgiados como sendo um dos mais difíceis. É a fase de recuperação do ato cirúrgico, de maior desconforto e de adaptação à nova dieta. Junta-se a tudo isso a expectativa, a ansiedade e a insegurança do novo período. No pós-operatório, as mudanças rápidas que acontecem, tanto relacionadas aos hábitos alimentares, quanto às mudanças do próprio corpo, acabam exigindo do paciente uma reflexão, e emergem questões emocionais.


É neste momento que o trabalho psicológico é de extrema importância, podendo auxiliar o paciente a se conhecer e a se compreender melhor, a aderir de forma mais eficiente ao tratamento, envolvendo-o e tornando-o responsável pela vivência de criação de uma nova identidade e estimulando a sua participação efetiva no processo de emagrecimento.


Tratando-se de pacientes obesos mórbidos, podemos dizer que a imensa maioria dos que chegam à cirurgia bariátrica traz alterações emocionais. Essas dificuldades de natureza psicológica podem estar presentes entre os fatores determinantes da obesidade ou entre as conseqüências. Os estudos indicam que a fase de desenvolvimento na qual tem início a obesidade faz diferença na evolução pós-operatória, isto é, aqueles que eram magros e depois tornaram-se obesos tendem a recuperar uma imagem de seu corpo como magro mais facilmente, enquanto que aqueles que eram gordos desde a infância têm dificuldade de adaptar-se a uma nova imagem.

O tratamento desta patologia requer uma equipe multidisciplinar, e o papel do psicólogo dentro da equipe é o de avaliar se o indivíduo está apto emocionalmente para a cirurgia, auxiliá-lo quanto à compreensão de todos os aspectos decorrentes do précirúrgico (avaliá-lo quanto aos seus conhecimentos sobre a cirurgia, riscos e complicações, benefícios esperados, exames e seguimentos requeridos em longo prazo, conseqüências emocionais, sociais e físicas e responsabilidades esperadas), inclusive, detectar e tratar os pacientes portadores ou potencialmente sujeitos a distúrbios psicológicos graves.







Este texto foi compilado dos trabalhos abaixo:

- A INTERVENÇÃO DO PSICÓLOGO NA VISÃO DO PACIENTE SUBMETIDO À CIRURGIA BARIÁTRICA. Beatriz Agassi Vieira, Denis Marcelo de Carvalho, Miriane Silva Funaro , Rodrigo Correia Diniz, Xênia B. G. Milone.

- Verenice Martins de Oliveira1 Rosa Cardelino Linardi1 Alexandre Pinto de Azevedo2-1Psicóloga clínica do Grupo de Estudo, Assistência e Pesquisa em Comer Compulsivo e Obesidade – GRECCO/Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Ipq – AMBULIM – Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HC-FMUSP- 2Médico psiquiatra. Coordenador do GRECCO-AMBULIM/IPq/HC/FMUSP

terça-feira, 27 de abril de 2010

Asperger!

Syndrome de Asperger

Pessoas com esse distúrbio possuem as dificuldades qualitativas na comunicação, interação social, e a imaginação (tríade), e conseqüentemente apresentam algumas dificuldades comportamentais, como no autismo.


Porém, não apresentam qualquer atraso significativo de desenvolvimento de fala ou cognitivo, podendo até mesmo passar a vida toda sendo apenas consideradas pessoas "estranhas" para os padrões típicos de comportamento.


Embora essas pessoas não tenham um atraso significativo no desenvolvimento cognitivo, é importante que a criança receba educação especializada o mais cedo possível para auxiliar o indivíduo a contornar os problemas de comportamento que apresenta e também para ajudar a direcionar os campos de interesses e de estudo da criança.

Existem diversos casos de pessoas que possivelmente tinham a Síndrome de Asperger e que por não ter tratamento adequado não tiveram suas capacidades de raciocínio plenamente desenvolvidas, ficando até, em alguns casos, completamente isoladas do mundo.


  • Tríade

Desvios qualitativos da comunicação:


Caracterizada pela dificuldade em utilizar com sentido todos os aspectos da comunicação verbal e não verbal. Isto inclui gestos, expressões faciais, linguagem corporal, ritmo e modulação na linguagem verbal.

Portanto, dentro de grande variação possível na severidade do autismo, poderemos encontrar uma criança sem linguagem verbal e com dificuldades na comunicação por qualquer outra via - isto inclui ausência de uso de gestos ou um uso muito precário dos mesmos; ausência de expressão facial ou expressão facial incompreensível para os outros e assim por diante - como podemos, igualmente encontrar crianças que apresentam linguagem verbal, porém esta é repetitiva e não comunicativa.

Muitas das crianças que apresentam linguagem verbal repetem simplesmente o que lhes foi dito. Este fenômeno é conhecido com ecolalia imediata. Outras crianças repetem frases ouvidas há horas, ou até mesmo dias antes (ecolalia tardia).
É comum que crianças autistas inteligentes repitam frases ouvidas anteriormente e de forma perfeitamente adequada ao contexto, embora, geralmente nestes casos, o tom de voz soe estranho e pedante.

Desvios qualitativos na sociabilização


Este é o ponto crucial no autismo e o mais fácil de gerar falsas interpretações. Significa a dificuldade em relacionar-se com os outros, a incapacidade de compartilhar sentimentos, gostos e emoções e a dificuldade na discriminação entre diferentes pessoas.

Muitas vezes a criança autista aparenta ser muito afetiva, por aproximar-se das pessoas abraçando-as e mexendo, por exemplo, em seu cabelo ou mesmo beijando-as quando na verdade ela adota indiscriminadamente esta postura, sem diferenciar pessoas, lugares ou momentos. Esta aproximação usualmente segue um padrão repetitivo e não contém nenhum tipo de troca ou compartilhamento.

A dificuldade de sociabilização, que faz com que a pessoa autista tenha uma pobre consciência da outra pessoa, é responsável, em muitos casos, pela falta ou diminuição da capacidade de imitar, que é uns dos pré-requisitos crucias para o aprendizado, e também pela dificuldade de se colocar no lugar de outro e de compreender os fatos a partir da perspectiva do outro.

Desvios qualitativos na imaginação


Se caracteriza por rigidez e inflexibilidade e se estende às várias áreas do pensamento, linguagem e comportamento da criança. Isto pode ser exemplificado por comportamentos obsessivos e ritualísticos, compreensão literal da linguagem, falta de aceitação das mudanças e dificuldades em processos criativos.


Esta dificuldade pode ser percebida por uma forma de brincar desprovida de criatividade e pela exploração peculiar de objetos e brinquedos. Uma criança autista pode passar horas a fio explorando a textura de um brinquedo. Em crianças autistas com a inteligência mais desenvolvida, pode-se perceber a fixação em determinados assuntos, na maioria dos casos incomuns em crianças da mesma idade , como calendários ou animais pré-históricos, o que é confundido às vezes com nível de inteligência superior.

As mudanças de rotina, como de casa, dos móveis, ou até mesmo de percurso, costumam perturbar bastante alguns dessas crianças.








Este texto foi compilado do site http://www.ama.org.br/

Proposta - Projeto de Divulgação - Doação e Adoção

Eu fiz este projeto em 2006, não sei se é romantismo da minha parte mas acredito que com a ajuda da divulgação através da mídia veríamos menos reportagens de recém-nascidos sendo abandonados em terrenos baldios. Encaminhei esta singela proposta para um senador, mas não tive resposta, apenas a confirmação do recebimento. Esta é a minha opinião, não sei se estou certa mas...




PROPOSTA - PROJETO DE DIVULGAÇÃO -

DOAÇÃO E ADOÇÃO



I. APRESENTAÇÃO

Venho através de esta proposta dar uma sugestão de um projeto que no momento atual do nosso país parece ser de grande importância. Um projeto de divulgação da doação de bebês recém-nascidos ao invés do abandono.

II. JUSTIFICATIVA

Depois de ver muitas notícias nos meios de comunicação sobre bebês abandonados. Como em Belo Horizonte. “Representante comercial S. C. S., 27 anos, denunciada por ter jogado sua filha recém-nascida, na Lagoa da Pampulha, na manhã de 28 de janeiro”. (3) Resolvi escrever sobre a minha idéia e sugestão de projeto.

Suponho que pela falta de informação. As mães que não querem os seus filhos acabam abandonando os seus bebês em sacos de lixo, terrenos baldios, lixeiras e até na própria maternidade.

Acredito que estas mães não necessariamente querem o mau para a criança. Já que em alguns casos os bebês são deixados em frente a portas e até bem agasalhados. Com certeza estas mães não sabem que é muito mais fácil e seguro tanto para ela quanto para o bebê, doar a criança para adoção.

Pela experiência que tive, eu acho que não existe nenhuma informação sobre o ato de dar o filho para adoção. Quando é fornecida alguma informação, é somente depois que a mãe demonstra o interesse em não poder ficar com a criança.

Na realidade acontece o contrário, elas acham que se optarem pela doação, a “justiça” vai obrigá-las a ficar com o filho. Acredito também que desta forma o bebê terá mais chances de adoção já que não levará tempo para os pais perderem o pátrio poder e ele estará livre para ser adotado. E os seus primeiros dias tão frágeis passarão junto a sua futura verdadeira família. “No Brasil existe uma grande quantidade de crianças sem família e muita gente interessada em realizar uma adoção.”(2b)


“Há hoje uma consciência mais clara de que os caminhos escolhidos no passado não conduziram a soluções satisfatórias ao problema do abandono de criança. Assim como se sabe que não existem soluções rápidas e mágicas. A questão envolve o estabelecimento de complexas relações humanas de afeto e não está sujeita a simples fórmulas. A adoção, portanto, não constitui a solução, mas certamente uma das possibilidades indicadas para aqueles que parecem fadados ao abandono pela vida afora. Ela tem sido para muitas crianças a oportunidade de encontrarem o amor e florescerem; e para inúmeros adultos, o caminho que conduz à materialização de um sentido profundo de doação e realização pessoal. São histórias de amor que merecem ser conhecidas por todos nós.” (2a)


Este projeto além da divulgação da doação da criança, um dia pode se estender à solução deste problema. Poderia ser um trabalho de orientação familiar quanto ao número de filhos que pode criar e educar, este pode ser através de um planejamento familiar, o qual dá condições para o exercício de paternidade consciente e responsável.

Para este trabalho se concretize é necessário o interesse comum entre governo e a população, estes podem agir num processo de mudança de comportamento humano. Desta forma evitaria casos como apresentado em anexo.

Para concluir minha justificativa segue a Definição do Direito a Família e a Convivência Comunitária conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente. Estando o menor em estado de abandono, por falta dos pais, ou por incapacidade dos mesmos, e não podendo o menor ficar exposto, a melhor medida a ser tomada é que se consiga um lar substituto, que garanta a sua integridade física, moral e social.
Artigo 7.o Capítulo 1 - A criança e o adolescente têm direito a proteção, à vida e à saúde mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitem o nascimento e o desenvolvimento sadio, e harmonioso, em condições dignas de existência.

“A existência de uma criança abandonada em qualquer lugar do mundo é a maior demonstração de incapacidade de organização de uma sociedade.”(6)


III. OBJETIVO

Esclarecer de forma clara e objetiva a possibilidade de doação do filho para adoção. Chamando a atenção para o crime que é o abandono e o ato de amor que é a doação do bebê para adoção. Através de toda mídia e a divulgação em postos de saúde e hospitais.
Por exemplo, por que através da televisão? “A televisão no Brasil ainda é o maior veículo de massa e programas como o Jornal Nacional, da Rede Globo, chegam a lares suficientes para atingir patamares de audiência que ultrapassam os 25 milhões de pessoas.” (1)

IV. PROPOSTA

Enfim, a minha sugestão de projeto é que se vinculassem propagandas informativas nos meios de comunicação sobre como é mais fácil e seguro a doação do bebê ao invés do abandono. Que o abandono sim é crime e a doação não.
A divulgação em hospitais e centros de saúde poderia ser feita de três maneiras. Primeira maneira, cartazes indicando a assistência social como fonte de informação ou folder explicativo que seria entregue á mãe na hora da consulta. Segunda maneira, o próprio médico informar que existe essa possibilidade de doação e se a gestante estivesse interessada, ela seria encaminhada à assistência social. Terceira maneira, na maternidade a assistente social ou psicóloga passaria no quarto de cada gestante verificando se existe a possibilidade de doação. Estudando anteriormente cada caso de gestação.
A assistência social. “Quando a criança é entregue diretamente da maternidade e para evitar à situação em que a mãe depois de algum tempo queira de novo a criança, a mãe passa por uma entrevista cuidadosa e exaustiva com as psicólogas do juizado, para que estas possam detectar alguma possibilidade de dúvida e o processo serem temporariamente adiado até que se perceba que a mãe não tenha mais dúvidas. Mas no momento em que ela assina é muito raro que ela se arrependa.”(4)

V. ANEXO

“Acórdão de um abandono de criança em hospital. Onde fica claro que se a doação estivesse em questão, com certeza não haveria tantos problemas e a vida da criança já estaria estabilizada. “O menor K. nasceu no dia 27 de julho de 1994, uma quarta feira." A apelante, sua mãe, jovem ainda na puberdade, solteira, escondeu a gravidez da família e de amigos, dizendo que assim agiu inclusive porque seu pai é homem doente, cardíaco. Quando chegou o momento de dar à luz o filho, procurou um hospital. Lá, deu nome e endereços falsos, exatamente porque queria continuar escondendo o nascimento do filho... A testemunha A. L., Secretária de Saúde do município de Itapevi, contou que foi chamada, numa quinta-feira, a um Pronto Socorro para cuidar de um caso de abandono de criança. Atendeu o chamado e conversou com uma enfermeira que lhe disse que a mãe teria deixado o filho no Pronto Socorro, onde nasceu, sendo depois encaminhado ao H. S. A... I., escrevente do Cartório da Vara da Infância e da Juventude, disse que recebeu um telefonema do Pronto Socorro dizendo que a criança fora lá abandonada e que por isso o juiz mandou que ela procurasse um casal que pudesse recebê-la... Quinze dias depois do nascimento da criança a inicial, datada de 11 de agosto de 1994, já estava datilografada. No dia 24 seguinte foi apresentada a contestação e por despacho do dia 29 do mesmo mês o MM. Juiz marcou audiência, designando o dia 19 de maio de 1995, isto é, para quase nove meses depois. A apelante pediu antecipação da audiência para não aumentar os laços afetivos da criança com o casal a quem fora confiada, sendo o pedido indeferido... Ao MM. Juiz a conduta da apelante configurou abandono e deu pela procedência da ação, anotando que agora a criança está adaptada ao lar substituto...E assim o tempo passou. A audiência foi realizada no dia 19 de maio de 1995. Em seguida determinou-se a realização de estudo psicológico, o que poderia ter acontecido antes, vindo o respectivo laudo para os autos no dia 22 de junho seguinte. A r. sentença foi prolatada no dia 14 de agosto. Se o tempo fez aumentar os laços afetivos entre a criança e a família substituta, como se trata de criança com apenas dois anos de idade, o tempo se encarregará, também, de fazer nascer laços afetivos entre filho e mãe.”(5)

VI. REFERÊNCIAS

Autora: Gabriela Schreiner - É diretora executiva do CeCIF - Centro de Capacitação e Incentivo à Formação de profissionais, voluntários e organizações que desenvolvem trabalhos de apoio à convivência familiar. Publicado no boletim UMA FAMÍLIA PARA UMA CRIANÇA - nº 25 - ano III - 26/07/2000 - da Associação Brasileira Terra dos Homens - Caixa - e no 3º volume do livro "Abandono e Adoção - Contribuições para uma nova cultura da adoção" - ABTH - Fernando Freire (organizador)
a) Dra. Irene Rizzini - CESPI/USU/UERJ. b) Dr. Ailton Amélio da Silva Instituto de Psicologia/USP Sinopse: Laços de Ternura - Pesquisas e Histórias de Adoção - 3ª Edição Revista e Ampliada - Lidia Natalia Dobrianskyj Weber, 218 pgs
Arca News - Arca Universal- Abandono de criança Irmã do bebê jogado na lagoa defende a mãe em depoimento. 31/05/2006
Adoção e Processo - Entrevista - Psicóloga do Juizado de Menores de Campinas –1996. Evelin M. A. Moura - Trabalho de conclusão de curso em Psicologia Jurídica.
Acórdão - APELAÇÃO CÍVEL nº 30.456-0/5, da Comarca de COTIA
LOPES, M. A.,Moreira,M.L.,Farias,S.L., “Adoção: Espaço de Intervenção do Serviço Social” PUCCAMP-FSS, 1990

Gravidez na adolescência!

  • A saúde mental na adolescência
Muitas perturbações do adolescente são apenas reações adaptativas normais para circunstâncias e o momento considerado de sua evolução ontogenética.

É notória a tendência à impulsividade por parte do adolescente. Em geral, isto é atribuído a raízes biológicas da adolescência e a dificuldades na aquisição do pensamento abstrato. A ação, neste caso, é uma forma de lidar com as ansiedades confusionais características do processo puberal (OSÓRIO, 1989).

  • Gravidez e Parto

A evolução tecnológica da medicina garante, hoje, muito mais segurança e conforto durante a gestação e o parto, épocas de grande modificações da mulher e da família.
Mesmo sendo um acontecimento natural, a gravidez deve ser acompanhada de perto por profissionais especializados. Há uma série de cuidados pré-natais importantes que garantem a saúde e o bem estar da mãe do bebê, e que também irão detectar qualquer problema que possa estar presente mesmo sem apresentar sintomas.

  • Aspectos Psicológicos da Gravidez

Antes de engravidar as mulheres e os homens imaginam como é ter um filho, como poderia ser esse filho, como seriam como mãe ou pai deste filho, o que o filho representaria para a sua vida.
Com a primeira gestação as mudanças são sentidas como mais radicais, à partir do momento em que há o conhecimento da gravidez há um vinculo não mais entre duas pessoas e sim três pessoas: mãe, pai e filho. Essa transição é muito importante e acarreta muitos anseios, expectativas e temores.


A responsabilidade de ter um filho, significa assumir um compromisso que é irreversível e que dura o resto da vida. Isso faz gerar uma gama imensa de sensações e emoções em diferentes intensidades. Há a ambivalência do querer ou não querer ter um filho, do aceitar ou não aceitar, da alegria e do temor.

Essa mistura de sentimento está presente não só neste momento da gravidez, e sim na dinâmica de todo e qualquer relacionamento humano importante. Todos que tenham um vínculo forte sabem o que significa a mistura de sentimentos, como: amor, raiva, irritação, alegria, ressentimento, mágoa ou contentamento.

A intensidade dessa mistura de sentimentos em relação à situação de ter um filho varia de pessoa para pessoa, e também de época ou de momento de vida que cada um atravessa.


  • Gravidez na Adolescência

A adolescência por si só implica é um esforço adaptativo e a gravidez durante esta etapa interfere no desenvolvimento de habilidades próprias deste período, como a consolidação da autonomia, a socialização e a capacidade da regulação afetiva.

Segundo VÁSQUEZ (1997) a gravidez em mulheres adultas constitui um fator protetor contra o suicídio, mas estudos assinalam um risco suicida elevado (13%) durante a gravidez e o período de pós-parto em adolescentes. Se encontra também uma alta incidência de depressão.

Estes sintomas entre outros fatores, acabam acarretando assim uma limitação do exercício da maternidade que pode ser atribuído a constituição de um grupo de mães adolescentes heterogêneo, a combinação de aspectos intrínsecos do desenvolvimento, as variáveis sócio econômicas e culturais.

A gravidez na adolescência constitui uma das preocupações mais importantes relacionadas à conduta sexual dos adolescentes frente ao percentual cada vez mais elevado da sua ocorrência , em conseqüência a uma iniciação cada vez mais precoce, sem o uso adequado de métodos anticoncepcionais. Além disso, é considerado um importante problema de Saúde Pública por estar intimamente relacionada as altas taxas de mortalidade infantil, perinatal e materna (MAGAGNIN,1995).

Tendo em vista que a gestação adolescente em 90% dos casos não intencional, é vivida com intensa angústia e poderosos bloqueios afetivos, afirma AGUIRRE (1995) que desta forma a gestante na condição de adolescente acaba não tendo maturidade psíquica para estabelecer um relacionamento de casal ou desenvolver um vínculo saudável com o bebê. O feto não seria percebido como uma criança, fruto da relação com o parceiro, mas como extensão de si própria.

A gravidez na adolescência determina com muita freqüência conseqüências psicossociais para as gestantes adolescentes. De acordo com DUARTE (1998), a gravidez é vivida como um período de muitas perdas. É o corte no desenvolvimento, a perda total da identidade; a interrupção da formação educacional e/ou profissional, a perda da confiabilidade da família; muitas vezes é a perda do namorado ou companheiro que não quis assumir a gravidez; é a perda da expectativa de futuro, do sonho de ser diferente da mãe, da idealização de profissiões que estão na moda, geralmente impostas pelos meios de comunicação; e também a perda da independência adquirida junto aos pais, para a submissão ao marido, quando houver casamento, numa perda da proteção da família que agora a vigiará dia e noite.

Tendo em vista todo o processo maturacional que ocorre na adolescência, a gravidez nesta etapa da vida é geralmente enfrentada com muitos desafios, além de todas as dificiludades normalmente encontradas.

A adolescente e seu parceiro deverão dar conta de mais um desafio. Este se posiciona, na maioria das vezes, de inicio como algo ruim que só traz perdas e problemas, mas que com o passar do tempo este desafio pode se tornar algo menos amedrontador.

A adolescente e seu companheiro têm que estarem aptos a lidar com as perdas que poderão surgir como: deixar de sair a noite com frequencia, dificuldades em viajar por um longo período, manter-se na escola com bom rendimento, a pressão familiar, não estar sempre disponível aos amigos, entre outras. Algumas perdas que podem ocasionar ao se assumir bruscamente a responsabilidade de se tornar mãe ou pai.

Segundo DUARTE (1998), é muito importante que a adolescente gestante tenha oportunidade de juntar seus pedaços e que cumpra seu papel de mulher, adolescente e cidadã. Ela precisa estar inteira para viver o papel de mãe e permitir-se ter ou não novos relacionamentos, planejar sua atividade sexual, repensar sua vida escolar e profissional, readquirir e estimular sua auto-estima para poder, como é seu direito, viver plenamente.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUIRRE, A. M. B. – Aspectos psicodinâmicos de adolescentes grávidas – SP,
Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia, 1995
DUARTE, A. – Gravidez na adolescência – R.J, Rosa dos Tempos, 1998
MAGAGNIN, L. Et al. – Gravidez na adolescência: falta de informação ? – PR,
Semina, 1995
OSÓRIO, L.C., - Adolescente Hoje -. S.P, Artes Médicas, 1989
VÁSQUEZ, R.; PIÑEROS, S. – Psicopatologia en madres adolescentes –Bogotá,
Pediatria, 1997

Relacionamento Interpessoal - Comunicação!

Há pessoas competentes na sua especialidade, mas que têm dificuldade em interagir e comunicar os seus propósitos.

Pense em quantos mal-entendidos poderiam ter sido evitados, caso você validasse as mensagens emitidas por seus colegas no ambiente de trabalho.

Cada pessoa é um mundo à parte com suas experiências, sua cultura, seus, valores, seus interesses, suas expectativas.


Por isso, não existe comunicação totalmente objetiva.


  • Tipos de comunicação:

Comunicação verbal: refere-se às palavras escritas ou faladas

Comunicação não-verbal: não está associada às palavras e ocorre por meio de gestos, silêncio, expressões faciais, postura corporal


  • Formas ambíguas de comunicação verbal

A ordem – se você precisar dar uma ordem, ressalte a crença na capacidade de a outra pessoa fazer o que lhe está sendo solicitado.


A Ameaça – se indicamos uma condição para se cumprir alguma coisa (“ se você fizer isso...acontecerá aquilo...”) e, se esse limite for testado, devemos cumprir essa parte do trato para manter a clareza da relação.


A lição de moral - quando estiver no meio de uma situação problemática, não interessa ao outro o que você poderia ter feito, porque é ele quem está vivenciando o problema. Além disso, o fato já ocorreu e é com base na atual realidade que as coisas precisam ser trabalhadas. Toda situação é única.


A sugestão – ao dar uma sugestão, é preciso saber se a pessoa está querendo ouvi-la; caso contrário, você estará mostrando a incapacidade dela de resolver a situação. Em vez de criar mais um problema para ela, que precisará descobrir uma solução diferente da sua para não se sentir inferiorizada, a alternativa é ajudá-la na elaboração de um raciocínio.


A negação da percepção – é necessário estar atento para não se negar um sentimento que o outro tenha percebido em você, sem parar para pensar se é verdade, ou mesmo o que poderá ter levado o outro a perceber as coisas daquela maneira. Entender os indicadores de uma situação é importante para saber o que levou aquele indivíduo a ter determinada percepção.


O falso apoio – expressões como “Isso passa”, “Logo melhora”, “Todo o mundo fica assim!...” podem transmitir a sensação de desvalorização da intensidade do que o outro está sentindo. Por esse motivo, deve-se evitar esse apoio rápido utilizando chavões, ant4es que alguém lhe responda: “Você diz isso porque não é com você!”.


A fuga do problema – é semelhante ao “falso apoio”, só que, em vez de usar um chavão, muda-se de assunto. É diferente quando temos, por exemplo, um determinado tempo para decidir alguma coisa, porém, antes de alterar o conteúdo da conversa, reconhecemos estar mudando de assunto. Posso ser educada e pedir desculpas por estar mudando de assunto, e retomá-lo depois. No entanto, a primeira leitura que o outro faz, se simplesmente mudarmos de assunto, é de fuga.


A crítica – as críticas acontecem normalmente no dia-a-dia e não deixam de ser uma avaliação do que foi percebido. Muitas vezes, uma opinião um pouco diferente da nossa já soa como crítica. É importante estarmos atentos à auto-imagem de uma pessoa e ter bem claro na nossa mente o objetivo da crítica. Será explicitar a nossa discordância? Modificar alguma coisa? Para que haja mudanças, é necessário cuidado nos argumentos para não generalizá-los (“Você sempre faz assim...”), senão poderemos perder a razão em relação à crítica feita, uma vez que rebaixar a auto-imagem do outro dificulta seu processo de mudança e de crescimento.


Elogio x manipulação – é preciso saber se nosso elogio soa como manipulação para a outra pessoa. Manipulação é o processo pelo qual um indivíduo influencia outro a agir conforme seus desejos, preocupado unicamente com a sua própria satisfação. Ela pode ser detectada por quatro formas de fala:
- sedução: “Querido”, “Bem”;
- tentação: “Vai bobo”, “É obvio que dá...”;
- preocupação: “ Deus me livre”, “Também, se der errado, não diga que eu não avisei...”;
- intimidação: “Vai, para você ver o que acontece...”.


As perguntas – quando fazemos perguntas, temos de esperar para ouvir a resposta. Pode parecer óbvio, mas preste atenção quantas vezes perguntamos e interrompemos a resposta do outro, porque achamos que já entendemos todo o raciocínio. Agindo assim, estaremos inibindo a expressão da pessoa e perdendo a oportunidade de ouvir coisas novas que “achamos” que já sabemos. É bom lembrar que a maneira de fazermos perguntas pode induzir as respostas. Por exemplo, é diferente perguntar “Você gostou disso”? ou “Você gostou disso, não é mesmo?” Caso queiramos realmente saber a opinião do outro, é necessário dar liberdade de expressão.
As mensagens contraditórias – é comum o verbal o não-verbal transmitirem mensagens diferentes. Por exemplo: diante de uma pergunta, você responde que está “tudo bem”, mas sua expressão facial demonstra o contrário.



  • Fatores que podem dificultar a comunicação verbal

1) não saber ouvir – ir “concluindo” o raciocínio do interlocutor antes mesmo de ele terminar a frase. Dizem que temos dois ouvidos e uma boca só justamente para desenvolver a habilidade de ouvir ao longo da vida;

2)uso de linguagem inacessível – especialmente o uso de jargões e termos técnicos, só compreensíveis para determinado grupo. Para haver efetiva troca de mensagens, é importante que as palavras usadas tenham um significado comum e conheçamos o repertório do outro, seu grau de escolaridade, vocabulário, expectativas e crenças.


  • Dicas para ser convincente verbalmente

1. Seja específico – quando transmitir um dado, procure focalizar nome, data, local, características fisiológicas.


2. Revele alguns de seus aspectos negativos – ao abordar um ponto, conflituoso, diga também alguma dificuldade e problema que já enfrentou. Evite começar um encontro pelo ponto mais conflituoso da conversa.


3. Ouça com atenção e peça opinião – durante uma conversa, você precisa dar espaço para que a outra pessoa também verbalize o que pensa e sente. Se você quer entender a pessoas ou solucionar um problema, ouça primeiro e espere para dar sua opinião.

4. Não camufle opiniões – cuidado com exemplos usando o termo você na terceira pessoa. Muitas vezes exemplificamos um raciocínio iniciando a frase com “Quando você interrompe...”, provocando no ouvinte uma reação de defesa. Ele pode pensar paralelamente: “Mas eu não faço assim”, o dificulta a compreensão da mensagem.

5. Seja informal – use palavras simples se você quer compreensão. Se algo é difícil de se entendido, por que complicar ainda mais? Porém, se algo ser simples, seja claro.

6. Elogie com sinceridade e objetividade – é um reforço positivo. Quando nos falavam, enquanto ainda éramos crianças. “Muito bem! Parabéns!”, nossos pais e professores pretendiam exatamente isto: que continuássemos a repetir aquele determinado comportamento. Nós ainda estamos condicionados assim e repetimos comportamentos que recebem reforço positivo.

7. Reflita sobre as críticas recebidas - evite ignorá-la, negá-las, dar desculpas, rebatê-las no olho a olho. Quando alguma crítica lhe for feita, por pior que seja, e para que isso não se repita novamente, peça ao crítico que o auxilie a entender seu ponto de vista.


Este texto foi compilado do livro Comunicação tem remédio de Maria Júlia P. da Silva.

Relações de grupo e trabalho- Comunicação!

Saber lidar com as diferenças = minimizar conflitos!


Por mais informais que sejam os acontecimentos no dia-a-dia de uma instituição, eles podem gerar: mal-entendidos e criar situações constrangedoras, dificultando o andamento do serviço.



  • Dicas para um ambiente mais harmônico:

1) Clarifique a mensagem recebida
- Agir sem compreender pode ser perigoso. Por isso, relaxe, peça detalhes, repita o que o outro disse com as suas próprias palavras.
- Para que isso ocorra, é necessário atenção, escuta ativa e empatia.
- Transmita o interesse pelo outro, a sua preocupação em ver como ele vê as coisas.
Ex: Quando alguém diz “fulana não serve para ser secretária!”, deve se verificar se a afirmação é em relação ao cargo ou a outra coisa, dando oportunidade para que a pessoa esclareça – antes de tentar contra-argumentar.


2) Verbalize quando concordar com o que está sendo dito
- As pessoas gostam e precisam de reforços positivos.
- Recebendo reforço positivo, aprendem a usá-los também.


3) Aceite o direito de a pessoa ter opinião própria
- O fato de termos razão não significa que somos donos de toda verdade
- A realidade tem múltiplas facetas.
- O outro também faz parte do seu grupo de trabalho.


4) Expresse de quem é o problema
- Deixe claro se o problema é seu ou do outro.
- Quando o problema é colocado, é necessário identificarmos “a quem ele pertence” para que se possa decidir com maior clareza quem são as pessoas que podem ou devem estar envolvidas na sua solução.


5) Descreva o comportamento que lhe causa problema
- Relate comportamentos observáveis, sem julgamento ou generalização.
Ex: Explicar que “eu não tinha terminado a frase e você me interrompeu” é diferente de dizer “você nunca me deixa falar!”


6) Descreva seus sentimentos verbalmente
- seja por meio do nome do sentimento ou de figura de linguagem.
Ex: “Eu me sinto constrangido”, “Eu gosto de você”, “Sinto-me um pássaro aprisionado” Isso facilita aos outros entendê-lo.
- Muitas vezes acontece de estarmos tristes ou nervosos com um problema e provocamos raiva ou distanciamento em outras pessoas, porque foi isso que transmitimos: raiva ou tristeza.


7) Verifique a percepção do outro
- Para melhor compreender você deve prestar atenção nos sentimentos alheios.
Ex: ”Tenho a impressão de que você se magoou com o meu comentário, é verdade?” ou “Vejo que você está ansiosa com este assunto, é correta essa percepção?”.


8) Aprenda a conversar com você mesmo
- Toda a nossa vida é um processo de autoconhecimento.
- Formule metas concretas e use esforço positivo
- Perdoe-se pelas falhas
- Aceite que estamos em um processo contínuo de desenvolvimento


9) Chame a pessoa pelo nome
- É bom e gostoso ter a própria identidade reconhecida










Este texto foi compilado do livro Comunicação tem remédio de Maria Júlia P. da Silva.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O tocar!







O contato físico em si não é um acontecimento emocional, mas seus elementos sensoriais provocam alterações neurais, glandulares, musculares e mentais, as quais chamamos emoções.



Por isso, muitas vezes, o tato não é “sentido” como uma sensação, e sim, efetivamente, como emoção.



Quando nos sentimos nervoso ou deprimido, um ser querido pode tentar nos tranqüilizar com um abraço consolador ou apertando fortemente a nossa mão.






Na ausência de um ser querido é possível que precisemos recorrer a pessoas especializadas (profissionais de saúde) para que nos toquem os ombros e digam para não nos preocuparmos.



Porém, se a única companhia que temos é um gato, podemos encostar o rosto no seu corpo peludo e experimentar um consolo total.






Agora, se um ruído espantoso nos desperta durante a noite e estamos completamente sós, podemos apertar a roupa de cama contra o nosso corpo para sentir maior segurança com esse suave abraço.
Por último, caso tudo isso nos falte, temos ainda nosso próprio corpo e podemos apertá-lo de variadas formas para ajudar a "agüentar”os temores que nos dominam.

Existem diferenças individuais e culturais que interferem na leitura do toque.



Individual – uma atitude mais introspectiva pode provocar uma reação inicial de rejeição ao toque;



Cultural – existem culturas mais ou menos acessíveis ao toque. Ex: ao observar o número de contato/hora entre duas pessoas em um café, verificou-se: Porto Rico: 180/h; Paris: 110/h; Flórida: 02/h; Londres: nenhum;







Este texto foi compilado do livro Comunicação tem remédio de Maria Julia P. da Silva.

ESTIGMA. O que são as pessoas estigmatizadas?

O uso moderno da palavra estigma originou-se na Grécia Antiga, onde se costumava marcar escravos fugitivos com a letra F. O nome dado a esta marca era STIGMA. Dessa forma, o uso de estigma foi entendido para significar qualquer sinal que se estabeleça ou infira condições de desvios de uma norma estabelecida.

Deve-se salientar que existem diversas categorias de estigma, podendo-se classificá-lo não só em relação ao portador mesmo, como em reação provocada nas outras pessoas.

Existem estigmas que são autocontroláveis, como a obesidade, uso de drogas, etc/ e outros que não o são, como defeitos congênitos, câncer, etc.
O que implica diretamente na forma como os portadores são julgados e na reação que provocam frente à sociedade.

Alguns estigmas considerados não autocontroláveis despertam o desejo de ajuda, possibilitando que se façam campanhas de sucesso visando auxiliar os seus portadores. Ex: portadores do mal de Alzheimer, cegos leucêmicos,etc.

Por outro lado, quando o grupo é considerado portador de problemas que "poderiam" ser auto-evitados, provoca junto à opinião pública maior ira e pouco desejo de ajuda.

Utilizamos termos específicos de estigma como aleijado, bastardo, retardado, em nosso discurso diário como fonte de metáfora e representação, de maneira característica, sem pensar no seu significado original.

As pessoas tendem a colocar uma série de imperfeições a partir da imperfeição original e, ao mesmo tempo, a dar ao estigmatizado alguns atributos desejáveis mas não desejados. Freqüentemente de aspecto sobrenatural, tais como “sexto sentido” ou “percepção”.
Ex: Algumas pessoas podem hesitar em tocar ou guiar um cego, enquanto que outros generalizam a deficiência de visão sob a forma de uma incapacidade, de tal modo que o indivíduo grita com o cego como se ele fosse surdo ou tenta erguê-lo como se fosse aleijado.
  • Como a pessoa estigmatizada responde a tal situação?
Em alguns casos a pessoa tenta corrigir diretamente o que considera seu defeito.
Ex: uma pessoa fisicamente deformada se submete a uma cirurgia plástica, uma pessoa cega a um tratamento ocular, um analfabeto corrige sua educação.
Nas pessoas que ocorre o “tal conserto” não ocorre a aquisição de um status completamente normal, mas uma transformação , de alguém que tinha um defeito particular e se transforma em alguém que tem provas de ter o defeito corrigido.

O indivíduo estigmatizado pode, também tentar corrigir a sua condição de maneira indireta, dedicando um grande esforço individual ao domínio e áreas de atividade consideradas, geralmente, como fechadas, por motivos físicos e circunstanciais, a pessoas com o seu defeito.
Ex: o aleijado que aprende ou reaprende a nadar, montar, jogar tênis ou pilotar aviões, ou pelo cego que se torna perito em esquiar ou em escalar montanhas.

O indivíduo estigmatizado pode também, utilizar seu estigma para “ganhos secundários”, como desculpa pelo fracasso a que chegou por outras razões.
Ele pode também, ver as privações que sofreu como uma benção secreta, especialmente devido à crença de que o sofrimento muito pode ensinar a uma pessoas sobre a vida e sobre as outras pessoas. De certa maneira semelhante, ele pode vir a reafirmar as limitações dos normais.
O individuo estigmatizado pode descobrir que se sente inseguro em relação à maneira como os normais o identificarão e o receberão. Surge no estigmatizado a sensação de não saber aquilo que os outros estão realmente pensando dele. Ele sente que seus menores atos, podem ser avaliados como sinais se capacidades notáveis e extraordinárias nessas circunstâncias. Ao mesmo tempo, erros menores ou enganos podem ser interpretados como expressão direta de seu estigma.
Ex: pacientes mentais às vezes receiam uma discussão acalorada com a esposa ou o empregador por medo da interpretação errônea de suas emoções.
Além disso, durante os contatos com pessoas “normais”, é provável que o indivíduo estigmatizado sinta que está “em exibição”.
Esse desagrado em se expor pode ser aumentado por estranhos que se sentem livres para iniciar conversas nas quais expressam o que ela considera uma curiosidade mórbida sobre a sua condição, ou quando eles oferecem uma ajuda que não é necessária ou não é desejada.
Há certas formas clássicas dessas conversas: “minha querida, como você conseguiu esse aparelho de surdez”, “Meu avô tinha um, então acho que sei tudo sobre eles...”, “É acidente ou você nasceu assim, “A minha vizinha também sofreu dessa doença...”.

Tem pessoas que acreditam que o indivíduo estigmatizado pode ser abordado à vontade por estranhos, desde que eles sejam simpáticos à sua situação.
Considerando o que pode enfrentar ao entrar numa situação social com pessoas “normais”, o indivíduo estigmatizado pode responder antecipadamente através de uma capa defensiva, retraimento.
Em vez de se retrair, o indivíduo estigmatizado pode tentar aproximar-se de contatos com pessoas normais com agressividade, mas isso pode provocar nos outros uma série de respostas desagradáveis.
Sentiremos que o indivíduo estigmatizado ou é muito agressivo ou é muito tímido e que, ambos os casos, está pronto a ler significados não intencionais em nossas ações.

Nós próprios podemos sentir que, se demonstramos sensibilidade e interesse diretos por sua situação, estamos nos excedendo, ou que se, na realidade, esquecemos que ele tem um defeito, faremos, provavelmente, exigências impossíveis de serem cumpridas.
A chave para o bom entendimento é a consideração mutua, porque para ambos os normais e estigmatizados, o constrangimento pode se estabelecer.
Este texto foi compilado do livro Estigma de Erving Goffman.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Adolescência e Puberdade!

Cada cultura possui um conceito de adolescência, baseando-se sempre nas diferentes idades para definir este período. No Brasil o Estatuto da Criança e do Adolescente define esta fase como característica dos 13 aos 18 anos de idade.
A puberdade tem um aspecto biológico e universal, que é caracterizada pelas modificações visíveis, como por exemplo, o crescimento de pêlos pubianos, auxiliares ou torácicos, o aumento da massa corporal, desenvolvimento das mamas, evolução do pênis, menstruação, etc.
A adolescência, por sua vez, é uma atitude cultural. A adolescência é uma atitude ou postura do ser humano durante uma fase de seu desenvolvimento, que deve refletir as expectativas da sociedade sobre as características deste grupo. A adolescência, portanto, é um papel social. E esse papel social de adolescente, parece sempre ter sido simultâneo à puberdade.
  • O Lado Bom

A adolescência não é marcada apenas por dificuldades, crises, mal-estares, angústias. Ao se abandonar a atitude infantil e ingressar no mundo adulto, há uma série de acréscimos no rendimento psíquico. O intelecto apresenta maior eficácia, rapidez e elaborações mais complexas, a atenção pode se apresentar com aumento da concentração e melhor seleção de informações, a memória adquire melhor capacidade de retenção e evocação, a linguagem torna-se mais completa e complexa com aumento do vocabulário e da expressão.


As figuras de autoridade serão os alvos preferidos da contestação do adolescente. Nessa fase se questiona o juiz, o padre, pastor, professor. Esse questionamento por parte do jovem é saudável.
A noção de autoridade para o adolescente se atualiza continuamente, começando com a figura social do pai, do amigo, do professor, passando para o ídolo. Portanto, o adolescente não é tão avesso a autoridade como se propaga. Via de regra ele a reconhece em seus ídolos, ou seja, pessoas de destaque nas áreas de seu interesse.


A maior dificuldade do adolescente, está em aceitar uma autoridade imposta. A autoridade pode adquirir um espaço importante no conjunto de valores do adolescente quando se constrói através da conquista e do respeito e não submetendo o jovem à pressões.



  • A Construção da Identidade


A adolescência vai se caracterizar pelo afastamento do seio familiar e conseqüente imersão no mundo adulto. Nessa fase, a pessoa se deixa influenciar pelo ambiente de maneira muito mais abrangente que antes, onde seu universo era a própria família.
À medida que os vínculos sociais vão se estabelecendo, um conjunto de características vai sendo valorizado, desde características necessárias para ser aceito pelo grupo, até características necessárias para expressar um estilo que agrada a si próprio e ao outro.


Mas a puberdade, tanto no menino quanto na menina, não proporciona apenas mudanças físicas mas, sobretudo, psicologicamente. As alterações hormonais despertam a sensibilidade sexual e, conseqüentemente, é neste período que muitos adolescentes começam esporadicamente a ter relações sexuais.
Essas alterações hormonais e as eventuais incapacidades em adaptar-se às alterações físicas contribuem também para alguns estados de depressão, característicos dos adolescentes. Alternadamente, se observam períodos de intensa energia física, entusiasmo e inquietação sem limites. Também pode se observar, em alguns casos, uma reação de rebeldia, de oposição e irritabilidade.
Apesar da maioria dos adolescentes ser dependente economicamente dos pais, normalmente eles sentem grande desejo de exprimir a sua própria personalidade.

Nessa fase os adolescentes costumam ansiar entusiasticamente por sensações novas, chegando a fumar, tomar bebidas alcoólicas ou usar drogas, tudo isso como forma de auto-afirmar uma certa independência.
Portanto, a puberdade é marcada por significativas mudanças biológicas e psicossociais. É neste momento que ocorre, simultaneamente, maior separação do filho em relação aos pais e maior busca de novos laços afetivos extra-lar.
No período da adolescência-puberdade, as pessoas enfrentam exigências sociais novas e, às vezes, drásticas. Fazer tudo que fazem os adultos não pode, nem pode fazer coisas de crianças, pois o adolescente não é um nem outro.
Entre meninos e meninas da mesma idade surgem abismos intransponíveis, pois os ritmos de amadurecimento para os meninos e para as meninas são diferentes.
A revolução bio-psíquica da adolescência pode proporcionar também, um prejuízo em relação ao desempenho escolar. Enquanto no início do ensino fundamental as notas estejam altamente relacionadas à inteligência, na sexta e na sétima séries, a motivação parece ser o fator mais importante. Na fase inicial da adolescência, o sujeito utiliza a lógica, o raciocínio e o pensamento abstrato, mas não de maneira tão intensa devido à carência de motivação.
  • Adolescência Normal e Patológica
De modo geral, a adolescência favorece as dificuldades de diagnóstico, seja pela ocorrência de sintomas atípicos dos transtornos emocionais nessa fase da vida, seja pelos equívocos desses sintomas com a maneira emocional exuberante e típica desta idade.
Na adolescência, devem ser relevantes algumas questões, como por exemplo, saber se os sinais e sintomas apresentados por este determinado paciente são normais, quase normais ou francamente patológicos para sua idade.
  • Conflitos da Adolescência


Os adolescentes se encontram imersos num mundo de ambigüidades e contradições. Entre as pulsões para "abraçar o mundo", passando por cima de tudo e de todos, e momentos de depressão e frustração, o adolescente se ressente da falta de liberdade e autonomia dos adultos e, ao mesmo tempo, não pode usufruir da irresponsabilidade da infância.


Durante a puberdade, geralmente, a fase inicial das mudanças no aspecto físico é contrária aos modelos de estética ideais. A garota gostaria de já se ver com seios fartos, cinturinha, etc., e o menino desejaria ter a musculatura desejável, barba, etc.
Essa falta de sintonia entre o corpo e a aspiração, pode desencadear sérias dificuldades de adaptação, uma baixa auto-estima, uma falta de aceitação pessoal, resultando em problemas depressivos, anoréticos, obsessivo-compulsivos.

  • Sintomas da Depressão


O adolescente possui tendência natural para comunicar-se através da ação, ao invés da palavra. Por isso, na busca de uma solução para seus conflitos, os jovens podem recorrer às drogas, ao álcool ou à sexualidade precoce ou promíscua.Tudo isso na tentativa de aliviar a angústia ou reencontrar a harmonia perdida.

Angustiados e confusos, podem adotar comportamentos agressivos e destrutivos contra a sociedade. Por isso tem sido comum observarmos o adolescente manifestar sua depressão através de uma série de atos anti-sociais, distúrbios de conduta, e comportamentos hostis e agressivos.


Entre adolescentes a depressão também pode ser "mascarada" por problemas físicos e queixas somáticas que parecem não ter relação com as emoções. Estes problemas podem incluir alterações de apetite ou distúrbios de alimentação, tais como anorexia nervosa ou bulimia.

Alguns adolescentes deprimidos podem se sentir extremamente cansados e sonolentos o tempo todo, e exaustos mesmo depois de terem dormido por várias horas.
O jovem deprimido confia pouco em si mesmo, tem auto-estima baixa, experimenta alterações no apetite e no sono, se auto-acusa e tem lentidão dos pensamentos. A baixa auto-estima faz com que veja a si mesmo como sem valor, feio, desinteressante e cheio de falhas pessoais. Estes sentimentos angustiantes e depressivos levam, invariavelmente, a prejuízo na saúde, na escola, no relacionamento familiar e social.


Durante um Episódio Depressivo o jovem costuma sentir-se inquieto ou irritado, isolar-se de amigos ou familiares, ter dificuldade de se concentrar nas tarefas, perder o interesse ou o prazer em atividades que antes gostava de realizar, sentir-se desesperançado e ter sentimentos de culpa e perda do prazer em viver. Pode também ter alterações do sono, por exemplo, ir dormir mais tarde do que costumava fazer, acordar cedo demais, ter sonolência durante o dia; e do apetite, que o leva a ganhar ou perder peso.


Muitas vezes, o adolescente deprimido pode tentar suicídio. Faz isso de forma franca ou velada. De forma velada age de maneira inconsciente, envolvendo-se em atitudes completamente imprudentes, acidentes automobilísticos, uso progressivo de drogas e álcool, ingestão de comprimidos perigosos, uso de armas de fogo, etc.





Este texto foi compilado de vários livros e sites, não tem fonte específica.

Envelhecimento!

As mudanças que ocorrem durante o desenvolvimento do processo de envelhecimento, são sentidas de forma particular por cada um.
As adaptações podem acontecer dependendo da história de vida, do bem estar sócio-econômico e da vivência atual das modificações, perdas e medos.
Esses fantasmas estão associados às idéias erradas sobre a velhice, herança dos preconceitos, sociais cristalizados ao longo do tempo.
As mudanças trazem certas porções de desconforto e incômodos sofridos pelas transformações fisiológicas naturais à medida que o organismo desencadeia uma série de alterações na vida diária. São fatores que contribuem para que o idoso fique limitado as atividades que exijam o mínimo de esforço.
- Padecimento artrítico
- Perturbações digestivas
- Perda da dentição
- Alterações hormonais e nos ossos (maior exposição a fraturas)
- Alterações da vista, do ouvido e das funções de outros órgãos

O idoso passou anos desempenhado vários papéis como filho, estudante, amigo, pai, profissional, avô, além de inúmeros outros. Neste momento encontra-se agora como que abandonado, desligado, como se cometera um crime, o que é confirmado quando se pergunta o que deve fazer para ser aceito, para ser amado.

O idoso pode apresentar comportamentos tidos muitas vezes pelos familiares como “não próprios de sua forma habitual de ser” ou “diferentes”, mas devem merecer atenção considerável pela família. Dentre esses citamos: memória diminuída; ansiedade; depressão; angústia; confusão; temores.
De acordo com o Estatuto do Idoso toda a pessoa com idade igual ou superior a 60 anos tem direito garantido e assegurado no que se refere à integridade de sua saúde física, mental e social e ainda quanto às condições e recursos adequados para bem atendê-las.

Muitas vezes, a sociedade rotula o idoso como inativo, incapaz, esquecido, chato, ultrapassado e doente, porém comumente vemos estes idosos envolvidos nas tarefas domésticas, e principalmente com condições absolutamente normais de exercer seus direitos, inclusive seus direitos políticos consciente (voto).
Dessa forma a idéia de que suas capacidades mentais, físicas e sociais, que todos julgam estarem deterioradas, na verdade estão muito bem mantidas.

Este texto foi compilado de vários livros e sites, não tem fonte específica.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Emoções!

O objetivo que devemos atingir é o equilíbrio mental e psicológico não a eliminação das emoções: todo sentimento tem seu valor e sentido. Mas, precisa-se da emoção controlada.
Quando as emoções são abafadas demais, criam o embotamento e a distância; quando extremas e persistentes demais tornam-se patológicas.
As pessoas não precisam evitar sentimentos desagradáveis, eles podem contribuir para uma vida criativa. Só devemos impedir que eles desloquem contigo todos os demais estados de espíritos agradáveis.

Controlar nossas emoções é uma atividade de tempo integral: muito do que fazemos é uma tentativa de controlar o estado de espírito. Tudo, desde ler um romance ou ver televisão até as atividades e companhias que preferimos, pode ser uma maneira de nos sentirmos melhor.
  • Mecanismo da raiva e seu controle

Existem vários tipos diferentes de raiva. Cólera que sentimos quando estamos em perigo. Raivas mais calculadas, como a fria vingança ou indignação com a injustiça.
De todos os estado de espírito de que as pessoas querem escapar, a raiva é aquele que elas têm mais dificuldade para controlar. Mas ela pode ser inteiramente evitada se evitarmos ruminações e procurarmos ver as coisas de uma outra forma, encontrar o lado positivo da situação.


Um disparador universal da raiva é "estar em perigo". O perigo pode ser uma ameaça física direta, ameaça simbólica a auto-estima ou dignidade, tratamento injustos ou grosseiros, insulto ou humilhação etc.
A raiva pode ser completamente interrompida se uma informação importante vier antes que se dê vazão a ela. Pois esta informação mitigante permite uma reavaliação dos atos que provocam a raiva. Mas ela só funciona em níveis controlados de raiva, pois em níveis mais elevados para certos indivíduos há uma "incapacitação cognitiva" - as pessoas não mais pensam direito.
Outro poderoso artifício moderador do estado de espírito é a distração, a diversão, mudar de ambiente, afastar-se da outra pessoa no momento da discussão. Dar vazão à raiva é uma das piores maneiras de esfriar: as explosões de raiva tipicamente inflam o estímulo no cérebro, deixando as pessoas mais iradas. Talvez soltar a raiva funcione: quando ela é expressa diretamente à pessoa visada, quando devolve o senso de controle ou corrige uma injustiça. Mas muito mais assertivo é a pessoa esfriar o cérebro por criar alternativas intelectuais e depois de forma mais construtiva enfrentar a outra pessoa.

  • A preocupação e seu controle


A preocupação é, num certo sentido, um ensaio do que pode dar errado e como lidar com isso. A tarefa da preocupação seria de apresentar soluções positivas para o perigo da vida, prevendo-os antes que surjam. Mas as preocupações crônicas, repetitivas, que se reciclam sempre, jamais se aproximam de uma solução positiva. As preocupações parecem surgir do nada, são incontroláveis, gera um rumor constante de ansiedade, são imunes à razão e prendem o preocupado numa única e inflexível visão do tópico que o preocupa.

Este texto foi compilado de vários livros e sites, não tem fonte específica.

Lidando com pensamentos pessimistas!

Sabemos que não existe receita para resolver os problemas. Mas podemos fazer alguns exercícios para nos ajudar a ver uma situação de uma forma diferente.
Faça as seguintes perguntas para si mesmo. Suas respostas o ajudarão a reconhecer e a desafiar qualquer pensamento pessimista que possa estar sendo um obstáculo em sua vida. Descubra uma maneira de lidar com eles.
- O problema é um pensamento ou um fato?
- Estou tirando conclusões precipitadas?
- Os meus pontos fracos estão se sobrepondo aos fortes?
- Qual é a alternativa?
- A culpa é apropriada para esta questão?
- Qual o efeito trazido por pensar assim?
- Quanto desta situação tem realmente a ver comigo?
- Quais são as vantagens e as desvantagens?
- O quanto posso ser perfeito?
- Existe alguma resposta para isto?
- Estou adotando padrões duplos?
- Estou pensando como um extremista?
- Só existe o lado negativo?
- As situações em questão são sempre muito exatas como “sempre x nunca” e tudo x nada”?
- Tudo parece ser um desastre? As coisas estão fora de proporção?
- Tudo acaba dando errado por causa de uma situação única ou mudança de planos?
- Estou vivendo minha vida do jeito que eu gostaria que ela fosse?
- O que posso fazer para afetar o resultado desta situação?

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