Quando procurar uma psicóloga?

Existem momentos na vida que um profissional pode nos ajudar a resolver uma situação ou orientar para que as pessoas fiquem bem consigo mesmas. Para estes momentos existe o psicólogo que poderá prestar essa ajuda através da psicoterapia. Neste blog darei exemplos de situações que você poderá procurá-lo.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Relacionamento Interpessoal - Comunicação!

Há pessoas competentes na sua especialidade, mas que têm dificuldade em interagir e comunicar os seus propósitos.

Pense em quantos mal-entendidos poderiam ter sido evitados, caso você validasse as mensagens emitidas por seus colegas no ambiente de trabalho.

Cada pessoa é um mundo à parte com suas experiências, sua cultura, seus, valores, seus interesses, suas expectativas.


Por isso, não existe comunicação totalmente objetiva.


  • Tipos de comunicação:

Comunicação verbal: refere-se às palavras escritas ou faladas

Comunicação não-verbal: não está associada às palavras e ocorre por meio de gestos, silêncio, expressões faciais, postura corporal


  • Formas ambíguas de comunicação verbal

A ordem – se você precisar dar uma ordem, ressalte a crença na capacidade de a outra pessoa fazer o que lhe está sendo solicitado.


A Ameaça – se indicamos uma condição para se cumprir alguma coisa (“ se você fizer isso...acontecerá aquilo...”) e, se esse limite for testado, devemos cumprir essa parte do trato para manter a clareza da relação.


A lição de moral - quando estiver no meio de uma situação problemática, não interessa ao outro o que você poderia ter feito, porque é ele quem está vivenciando o problema. Além disso, o fato já ocorreu e é com base na atual realidade que as coisas precisam ser trabalhadas. Toda situação é única.


A sugestão – ao dar uma sugestão, é preciso saber se a pessoa está querendo ouvi-la; caso contrário, você estará mostrando a incapacidade dela de resolver a situação. Em vez de criar mais um problema para ela, que precisará descobrir uma solução diferente da sua para não se sentir inferiorizada, a alternativa é ajudá-la na elaboração de um raciocínio.


A negação da percepção – é necessário estar atento para não se negar um sentimento que o outro tenha percebido em você, sem parar para pensar se é verdade, ou mesmo o que poderá ter levado o outro a perceber as coisas daquela maneira. Entender os indicadores de uma situação é importante para saber o que levou aquele indivíduo a ter determinada percepção.


O falso apoio – expressões como “Isso passa”, “Logo melhora”, “Todo o mundo fica assim!...” podem transmitir a sensação de desvalorização da intensidade do que o outro está sentindo. Por esse motivo, deve-se evitar esse apoio rápido utilizando chavões, ant4es que alguém lhe responda: “Você diz isso porque não é com você!”.


A fuga do problema – é semelhante ao “falso apoio”, só que, em vez de usar um chavão, muda-se de assunto. É diferente quando temos, por exemplo, um determinado tempo para decidir alguma coisa, porém, antes de alterar o conteúdo da conversa, reconhecemos estar mudando de assunto. Posso ser educada e pedir desculpas por estar mudando de assunto, e retomá-lo depois. No entanto, a primeira leitura que o outro faz, se simplesmente mudarmos de assunto, é de fuga.


A crítica – as críticas acontecem normalmente no dia-a-dia e não deixam de ser uma avaliação do que foi percebido. Muitas vezes, uma opinião um pouco diferente da nossa já soa como crítica. É importante estarmos atentos à auto-imagem de uma pessoa e ter bem claro na nossa mente o objetivo da crítica. Será explicitar a nossa discordância? Modificar alguma coisa? Para que haja mudanças, é necessário cuidado nos argumentos para não generalizá-los (“Você sempre faz assim...”), senão poderemos perder a razão em relação à crítica feita, uma vez que rebaixar a auto-imagem do outro dificulta seu processo de mudança e de crescimento.


Elogio x manipulação – é preciso saber se nosso elogio soa como manipulação para a outra pessoa. Manipulação é o processo pelo qual um indivíduo influencia outro a agir conforme seus desejos, preocupado unicamente com a sua própria satisfação. Ela pode ser detectada por quatro formas de fala:
- sedução: “Querido”, “Bem”;
- tentação: “Vai bobo”, “É obvio que dá...”;
- preocupação: “ Deus me livre”, “Também, se der errado, não diga que eu não avisei...”;
- intimidação: “Vai, para você ver o que acontece...”.


As perguntas – quando fazemos perguntas, temos de esperar para ouvir a resposta. Pode parecer óbvio, mas preste atenção quantas vezes perguntamos e interrompemos a resposta do outro, porque achamos que já entendemos todo o raciocínio. Agindo assim, estaremos inibindo a expressão da pessoa e perdendo a oportunidade de ouvir coisas novas que “achamos” que já sabemos. É bom lembrar que a maneira de fazermos perguntas pode induzir as respostas. Por exemplo, é diferente perguntar “Você gostou disso”? ou “Você gostou disso, não é mesmo?” Caso queiramos realmente saber a opinião do outro, é necessário dar liberdade de expressão.
As mensagens contraditórias – é comum o verbal o não-verbal transmitirem mensagens diferentes. Por exemplo: diante de uma pergunta, você responde que está “tudo bem”, mas sua expressão facial demonstra o contrário.



  • Fatores que podem dificultar a comunicação verbal

1) não saber ouvir – ir “concluindo” o raciocínio do interlocutor antes mesmo de ele terminar a frase. Dizem que temos dois ouvidos e uma boca só justamente para desenvolver a habilidade de ouvir ao longo da vida;

2)uso de linguagem inacessível – especialmente o uso de jargões e termos técnicos, só compreensíveis para determinado grupo. Para haver efetiva troca de mensagens, é importante que as palavras usadas tenham um significado comum e conheçamos o repertório do outro, seu grau de escolaridade, vocabulário, expectativas e crenças.


  • Dicas para ser convincente verbalmente

1. Seja específico – quando transmitir um dado, procure focalizar nome, data, local, características fisiológicas.


2. Revele alguns de seus aspectos negativos – ao abordar um ponto, conflituoso, diga também alguma dificuldade e problema que já enfrentou. Evite começar um encontro pelo ponto mais conflituoso da conversa.


3. Ouça com atenção e peça opinião – durante uma conversa, você precisa dar espaço para que a outra pessoa também verbalize o que pensa e sente. Se você quer entender a pessoas ou solucionar um problema, ouça primeiro e espere para dar sua opinião.

4. Não camufle opiniões – cuidado com exemplos usando o termo você na terceira pessoa. Muitas vezes exemplificamos um raciocínio iniciando a frase com “Quando você interrompe...”, provocando no ouvinte uma reação de defesa. Ele pode pensar paralelamente: “Mas eu não faço assim”, o dificulta a compreensão da mensagem.

5. Seja informal – use palavras simples se você quer compreensão. Se algo é difícil de se entendido, por que complicar ainda mais? Porém, se algo ser simples, seja claro.

6. Elogie com sinceridade e objetividade – é um reforço positivo. Quando nos falavam, enquanto ainda éramos crianças. “Muito bem! Parabéns!”, nossos pais e professores pretendiam exatamente isto: que continuássemos a repetir aquele determinado comportamento. Nós ainda estamos condicionados assim e repetimos comportamentos que recebem reforço positivo.

7. Reflita sobre as críticas recebidas - evite ignorá-la, negá-las, dar desculpas, rebatê-las no olho a olho. Quando alguma crítica lhe for feita, por pior que seja, e para que isso não se repita novamente, peça ao crítico que o auxilie a entender seu ponto de vista.


Este texto foi compilado do livro Comunicação tem remédio de Maria Júlia P. da Silva.

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